quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Clodesmidt Riani é homenageado pelo Estado brasileiro

O juiz-forano Clodesmidt Riani, ex-sindicalista e deputado estadual cassado no período da ditadura, foi homenageado na tarde desta quarta-feira (10) com o Prêmio Direitos Humanos 2014. Esta é a mais alta condecoração do Governo federal a pessoas e entidades que se destacam na defesa e promoção dos direitos humanos. A solenidade, que ocorreu no Palácio do Itamaraty, em Brasília, contou com a presença da presidente Dilma Rousseff e das ministras Ideli Salvati e Eleonora Menicucci. 

A ministra Menicucci entrega o Prêmio a Clodesmidt junto a Presidente
Com 94 anos, Riani, que estava acompanhado dos filhos Augustemira Riani e Clodsmidt Riani Filho, disse estar emocionado com a homenagem e com a presença de conterrâneos mineiros na solenidade. A jornalista Fernanda Sanglard e o militante de direitos humanos Betinho Duarte, representando as comissões da verdade de Juiz de Fora e Minas Gerais, respectivamente, acompanharam o prêmio.


A abertura da solenidade foi feita pelo também homenageado Ivan Seixas, que é coordenador da Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, de São Paulo. Durante a fala, Seixas lembrou que foi preso e torturado junto com o pai, Joaquim Alencar de Seixas, no DOI-Codi do Exército. O pai foi morto na unidade, após dias seguidos de tortura. Ele ressaltou a importância de ações de combate às violações dos direitos humanos e do trabalho da Comissão Nacional da Verdade, que hoje pela manhã entregou o relatório final à Presidência da República e o disponibilizou à sociedade pela internet. Os dois atos marcaram o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Entre os condecorados com o prêmio também estavam a ex-militante Clara Charf, viúva de Carlos Marighella, o goleiro Mário Lúcio Duarte Costa, o Aranha, que protagonizou corajosa reação ao racismo no futebol este ano, e o educador já falecido Paulo Freire, que teve o prêmio recebido pela viúva Anita Freire. Ao todo, 22 pessoas e entidades foram agraciadas em 21 categorias. 

CNV entrega relatório final à Presidência da República

Presidente da CNV, Pedro Dallari entrega relatório final à Presidente


A Comissão Nacional da Verdade (CNV) entregou na manhã desta quarta-feira à presidente Dilma Rousseff (PT) o relatório final de atividades do colegiado. A solenidade, no Palácio do Planalto, contou com a presença de ministros e reuniu 50 convidados, além da imprensa. A presidente se emocionou ao falar sobre a importância de se resgatar as memórias da ditadura. De acordo com ela, o governo se debruçará sobre o relatório final da CNV, pois é preciso "conhecer a história para entendê-la melhor". Dilma destacou que "a verdade não significa revanchismo", fazendo clara alusão às discussões sobre a Lei de Anistia.


O coordenador da CNV, Pedro Dallari, lembrou que a comissão chega ao final dos trabalhos no Dia Internacional dos Direitos Humanos e informou que o relatório final contém mais de quatro mil páginas, divididas em três volumes, que focam prioritariamente as graves violações dos direitos humanos ocorridas no período entre as constituições de 1946 e 1988, e em especial a época da ditadura militar.

Dallari reforçou que a comissão evitou abordagem de caráter analítico e privilegiou o quadro circunstancial que envolve as violações. O coordenador afirmou que o terceiro volume do relatório final é considerado o mais importante por contar com os perfis dos 434 mortos e desaparecidos identificados até o momento. Segundo ele, o trabalho da CNV não foi o início e nem representa o fim das ações em defesa da memória desse período, fazendo referência às comissões de Anistia e de Mortos e de Mortos e Desaparecidos, que são anteriores à CNV, e também às comissões e comitês locais criados em âmbito local e regional, que continuarão atuando. "Caberá a essas instituições assim como à universidade dar continuidade às investigações", disse Dallari.

O relatório final <http://www.cnv.gov.br/index.php/outros-destaques/574-conheca-e-acesse-o-relatorio-final-da-cnv> já está disponível no site da CNV.

A presidente da República concluiu sua fala agradecendo a comissão e afirmando que "o Brasil saberá reconhecer a importância deste trabalho". Ao final da solenidade, integrantes da União Juventude Socialista (UJS) fizeram um ato em defesa da punição de torturadores. O grupo entregou às autoridades presentes um documento com a chancela de diversos grupos ligados aos movimentos sociais. O documento celebra os trabalhos da CNV, mas cobra justiça em relação às violações dos direitos humanos. Ainda na tarde desta quarta-feira, o relatório será entregue pelos integrantes da comissão aos poderes Legislativo e Judiciário.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Ismair Zaghetto revela como era a dinâmica da repressão nas redações

Ismair Zaghetto foi o terceiro jornalista a participar da série de entrevistas que a Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora (CMV-JF) vem realizando para tentar compreender as relações entre imprensa e ditadura. Nascido em Juiz de Fora, ele foi entrevistado no último dia 28. Dizendo ser um privilégio estar com 80 anos e ter podido acumular tamanho aprendizado, Zaghetto recorda ter vivenciado, como jornalista, momentos cruciais da história. Mas, apesar disso, ele sente saudades da vida acadêmica, quando foi professor de sociologia e filosofia.
Juiz de Fora tinha dois grandes jornais - o Diário Mercantil e o Diário da Tarde - quando ele começou a trabalhar. Eram os impressos dos Diários Associados, nos quais Zaghetto chegou a ser editor-geral. Segundo ele, os periódicos “encarnavam a tradução da cidade de Juiz de Fora”. Para Zaghetto, “o jornalismo antigamente era diferente. Hoje, formam-se comunicadores sociais”. Na sua época, os jornalistas eram professores, médicos, engenheiros, que tinham o jornalismo como hábito e escreviam amadoramente.


Ele lembra que, por conta da proibição de algumas reportagens no período da censura, os editores passaram a publicar matérias fora de contexto, como receitas de bolo. Era uma forma de denunciar a censura vivida dentro das redações. Entre os casos rememorados, está o de um amigo de redação, que acabou publicando matéria que havia sido censurada. Ao chegar ao quartel, o jornalista teve a carteira profissional rasgada pelo comandante.

"Uma farda sempre intimida", diz Ismair Zaghetto
em entrevista à CMV-JF.
De acordo com o jornalista, o mais difícil na época da ditadura militar foi justamente a figura do censor na redação. Conforme Zaghetto, esse profissional da censura era trocado periodicamente para não criar laços de amizade com os jornalistas. “De algum modo, em graus menores ou maiores, uma farda sempre intimida.” Mas a autocensura também é apontada por ele como uma consequência: “A autocensura é terrível, essa sensação (de se censurar) é terrível”.



Apesar da presença do censor nos jornais, Zaghetto destaca que não existia nenhum arquivo oficial que proibia a publicação de notícias, e o próprio jornal ficava incumbido de, cotidianamente, registrar as novas proibições. Um dos fatos curiosos citados pelo jornalista diz respeito à notícia de que o presidente Juscelino Kubitscheck havia falecido. Os censores informaram que devia ser publicada, no entanto, com “meia emoção”.

Ivanir Yazbeck conta sobre sua participação em “momentos extraordinários” da história brasileira

“Eu estava na redação quando recebi um telegrama dizendo que rumores davam conta de movimentação na cidade de Juiz de Fora, e que tropas seguiam para o Rio de Janeiro para depor o presidente João Goulart.” Foi assim que o jornalista Ivanir Yasbeck contou, no último dia 28, à Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora (CMV-JF) a forma como se tornou um dos primeiros brasileiros a ser informado sobre o deslocamento das tropas do general Olympio Mourão Filho. O documento, que ele guarda até hoje, foi enviado por uma agência de notícias à redação do periódico Correio de Minas, da capital mineira, ainda no dia 31 de março de 1964, anunciando o golpe.


Yazbeck tornou-se repórter por intermédio do amigo Fernando Gabeira, militante preso e torturado por participar do sequestro do embaixador Charles Burke Elbrick, em 1969. Na época, com 21 anos, ele não tinha diploma de jornalista, como era comum nas redações. Fascinado pela área, procurou aprender mais sobre a profissão.

Há 50 anos, Yazbeck guarda o telegrama, redigido em espanhol,
 que avisava sobre o deslocamento das tropas no dia do golpe.
Entre os anos de 1962 e 1964, atuou no jornal semanal Binômio, que tinha uma pequena redação em Juiz de Fora. Mas em março de 1964 ele já trabalhava como redator no Correio de Minas. “O telegrama veio por Telex”, ele ressalta fazendo menção ao aviso do golpe. Em maio de 1964, Yazbeck foi trabalhar no Jornal do Brasil (JB), tendo sua primeira experiência profissional em um grande periódico, o que o faz considerar ter completado 50 anos de profissão em 2014.

A censura aos veículos de comunicação no Brasil começou expressivamente no ano de 1967, conforme Yazbeck. Na ocasião, um censor acompanhava o diagramador na redação, selecionando as notícias que não seriam publicadas, restringindo a tarefa dos jornalistas de informar, e o direito à informação.

O jornalista lembra que estava presente no momento da prisão de seu amigo Marcos de Castro, copidesque do Jornal do Brasil. Ele o aguardava para as costumeiras reuniões das sextas-feiras, acompanhado de outros dois amigos e companheiros de redação, João Areosa e José Trajano, quando, ao chegar na casa de Marcos, notou a presença dois agentes do Dops. Eles também estavam à espera de Marcos, que foi levado preso logo que chegou em casa.


Com saudosismo, Yazbeck confessou sonhar todas as noites com as redações de jornal e se orgulha de ter participado de “momentos extraordinários” da história do país, como a Copa do Mundo de 1990 e o Impeachment de Collor.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Auditoria e CMV-JF entregam documentos a ex-presos políticos

A Comissão da Verdade de Juiz de Fora (CMV-JF) e a Auditoria da 4ª Circunscrição Judiciária Militar (4ª CJM) promoveram nesta segunda-feira (17), no plenário da sede da Auditoria, evento para devolução de documentos pessoais retidos no período da ditadura, que não foram retirados pelas pessoas que responderam inquérito ou processo na Auditoria no período de 1964 a 1985. Entre esses documentos, se encontram fotos, carteiras de identidade e de trabalho, títulos eleitorais, passaportes, entre outros. A maior parte do material entregue é da década de 1970. A presidente da República Dilma Rousseff e o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, figuram entre as trinta e duas pessoas que tiveram a documentação retida, mas não estiveram presentes neste ato. No evento, documentos de nove pessoas foram entregues a elas próprias ou a seus representantes.
A anfitriã da solenidade, a juíza da 4ª Circunscrição Judiciária Militar, Maria do Socorro Leal, assinalou o valor simbólico da cerimônia e salientou que “a Justiça Militar da União mantém o firme compromisso com a verdade e refuta quaisquer atentados aos interesses individuais”. Para a presidente da Comissão Municipal da Verdade, Helena da Motta Salles, o trabalho desenvolvido em Juiz de Fora tem sido emocionante e revelador. O gesto de resgatar e devolver os pertences aqui confiscados é um ato histórico de “respeito aos direitos democráticos”. Representando a Comissão Estadual da Verdade, Jurandir Persichini Cunha, considerou a solenidade um exemplo a ser seguido pelas demais comissões. O prefeito Bruno Siqueira destacou a importância do trabalho da Comissão Municipal da Verdade no resgate da história e da memória local.
Preso nos primeiros dias após o golpe, o fundador da União Nacional dos Servidores Públicos Civis de Minas Gerais, Henrique Roberti Sobrinho, emocionou-se com o “inusitado” regresso ao lugar em que foi “espezinhado e julgado” e considerou o evento como um marco no processo de “resgate das lutas sociais”. A militante do Comando de Libertação Nacional (Colina) na capital mineira, Maria José Nahas, veio à cidade resgatar seus documentos e os de seu marido, Jorge Raimundo Nahas. Antes de passar um ano e meio presa, foi a primeira guerrilheira urbana do país.

Ana Lúcia Batista - Foto: Mariana Meirelles

 Foto: OAB-MG

 Foto: Rafaela Almeida

Marco Antonio Victoria Barros - foto de Mariana Meirelles

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Início da solenidade de restituição de documentos

Neste momento, a Juíza Maria do Socorro Leal preside a solenidade de restituição de documentos pessoais a ex presos ou a pessoas que responderam processo durante a ditadura em Juiz de Fora.


                                                       Foto por: Mariana  Meirelles
Foto por: Rafaela Almeida

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Marcada para o dia 17 a solenidade de devolução dos documentos retidos no período da ditadura




Auditoria Militar e CMV-JF promovem devolução

de documentos retidos no período da ditadura
 
A Auditoria da 4ª Circunscrição Judiciária Militar (4ª CJM) e a Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora (CMV-JF) promovem no próximo dia 17 de novembro, às 19h, no plenário da sede da Auditoria, solenidade para restituir documentos pessoais juntados aos autos e que não foram retirados pelas pessoas que responderam inquérito ou processo nesta Auditoria no período de 1964 a 1985. A maior parte desse material (o que inclui fotos, passaporte, carteiras de identidade e de trabalho, entre outros documentos) é referente à década de 1970 e ficou sob guarda judicial, mas, com o encerramento dos processos, parte dos interessados não retornou para buscar a documentação. Devido à importância do ato, devem participar da solenidade a ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), a conselheira Vanda Oliveira, da Comissão de anistia do Ministério da Justiça, e um representante da Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Entre os que tiveram a documentação retida estão a presidente da República, Dilma Rousseff, e o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. Além deles, outras dezenas de pessoas que atuaram como militantes contra o sistema de repressão ainda têm documentação sob a tutela da Auditoria da 4ª CJM. A lista completa com os nomes das pessoas cuja documentação foi localizada pela equipe da auditoria encontra-se abaixo e todas estão convidadas para receberem o que lhes compete neste ato simbólico pela consciência democrática.

A realização deste ato de restituição de documentos conta com o importante apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subseção Juiz de Fora e seccional Minas Gerais, Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais, Prefeitura de Juiz de Fora, Câmara Municipal de Juiz de Fora, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Comissão da Verdade de Minas Gerais (Covemg) e Comissão Nacional da Verdade (CNV).





SERVIÇO

Ato de restituição de documentos retidos na Auditoria da 4ª CJM

Data: 17/11/2014

Hora: 19h

Local: Plenário da Auditoria Militar (Rua Mariano Procópio 820, Bairro Mariano Procópio, Juiz de Fora/MG)



INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:

Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora:

Telefone (ligação gratuita): 0800-9700707




Fernanda Sanglard (jornalista e integrante da CMV-JF): (32) 9199-9984




sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Semana de História da UFJF conta com participação da CMV-JF

A Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora participou hoje da mesa redonda "Juiz de Fora em foco", que integra a programação da XXXI Semana de História da UFJF. O evento é promovido pelos discentes do curso de História da mesma instituição e, neste ano, discute os 50 anos do Golpe Militar, enfocando a temática “Memórias e resquícios do autoritarismo no Brasil”. Os integrantes Antônio Henrique Duarte Lacerda e Fernanda Sanglard e a professora da UFJF Cristina Musse, que colabora com a comissão, compuseram a mesa e falaram sobre as comissões da verdade, a utilização de arquivos como fonte e a importância das narrativas sobre a cidade na construção de memórias da ditadura.





Betão volta a integrar Comissão Municipal da Verdade

A vaga de representação da Câmara dos Vereadores na Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora (CMV-JF), ocupada pelo vereador Jucelio Maria (PSB) entre julho e outubro deste ano, será reassumida pelo vereador Roberto Cupolillo (Betão-PT), que havia se afastado do cargo por motivo de desincompatibilização eleitoral. A alteração foi divulgada por Jucelio na reunião desta quinta-feira, quando se despediu dos demais integrantes e se comprometeu a continuar colaborando com as atividades da comissão. Os membros da CMV-JF agradeceram o apoio do vereador durante o tempo que substituiu Betão pelas importantes contribuições na relação institucional da comissão com órgãos públicos e organizações da sociedade civil.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Auditoria Militar e CMV-JF promovem devolução de documentos retidos no período da ditadura


A Auditoria da 4ª Circunscrição Judiciária Militar (4ª CJM) e a Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora (CMV-JF) promoverão, no plenário da sede da Auditoria, em data a ser definida, uma solenidade para restituir documentos pessoais juntados aos autos e que não foram retirados pelas pessoas que responderam a inquérito ou processo nesta Auditoria no período de 1964 a 1985. A maioria desse material (fotos, passaporte, carteiras de identidade e de trabalho, entre outros documentos) é referente à década de 1970 e ficou sob guarda judicial, mas, com o encerramento dos processos, parte dos interessados não retornou para buscar a documentação. Devido à importância do ato, serão convidadas para a solenidade a ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar, e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti.

LISTA DE PESSOAS CUJOS DOCUMENTOS PESSOAIS FORAM LOCALIZADOS NO ARQUIVO DA AUDITORIA DA 4ª CJM:

1.      AFONSO CELSO LANA LEITE

2.      ANA LÚCIA BATISTA

3.      ANGELO PEZZUTI DA SILVA

4.      ANTÔNIO CARLOS BICALHO LANA

5.      ANTÔNIO MAGALHÃES

6.      ANTONIO MARIA ZACARIAS

7.      ARNALDO FORTES DRUMOND

8.      BRAZ TEIXEIRA DA CRUZ

9.      CLAÚDIO GALENO MAGALHÃES LINHARES

10.  CONCEIÇÃO IMACULADA DE OLIVEIRA

11.  DILMA VANA ROUSSEFF

12.  ERWIN REZENDE DUARTE

13.  FERNANDO DE FREITAS PICARDI

14.  GERALDO CLEMENTE SOARES

15.  HENRIQUE ROBERTI SOBRINHO

16.  JORGE RAIMUNDO NAHAS

17.  JOSÉ ADÃO PINTO

18.  JOSÉ NATALINO MAGALHÃES

19.  JOVIANO LINHARES

20.  JÚLIO ANTÔNIO BITTENCOURT ALMEIDA

21.  LEILA DIAS DE ARAÚJO
  1.    MARCIO ARAUJO LACERDA
  2. MARCO ANTONIO VICTORIA BARROS

  1. MARIA IMACULADA DINIZ 
  2.  MARIA JOSÉ DE OLIVEIRA CARVALHO 
  3.  MARIO ROBERTO GALHARDO ZANCONATO 
  4.  MAURÍCIO VIEIRA DE PAIVA 
  5. NELSON JOSÉ DE ALMEIDA 
  6. PEDRO PAULO BRETAS 
  7. ROUBERDÁRIO DINIZ VALÉRIO 
  8. SÉRGIO BITTENCOURT SIQUEIRA
  9. SONIA TERESINHA ROCHA REIS