quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Os comissários e pesquisadores que integraram a CMV-JF lamentam a morte de José Villani Côrtes, personalidade que vivenciou um período doloroso da história de Juiz de Fora e do país. Suas memórias ficarão eternizadas no relatório da Comissão, pois é graças à coragem de cidadãos como ele que hoje podemos usufruir dos benefícios democráticos e conhecer melhor nosso passado.


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Livro da Comissão Municipal da Verdade ganha segunda edição

Obra que visa esclarecer memórias do período da ditadura (1964-1985)
em Juiz de Fora é resultado de um ano de investigações

Um ano após transformar em livro o relatório dos trabalhos realizados e oficialmente encerrar suas atividades a Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora (CMV-JF) deixa mais um legado: a publicação da segunda edição do livro “Memórias da Repressão: Relatório da Comissão Municipal da Verdade”. A impressão de nova edição revista e com inclusão de relatos de depoentes que não constam da primeira obra foi financiada pela Caixa de Assistência dos Advogados (CAA-MG) e contou com apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) - subseção Juiz de Fora. O livro também é fruto de parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e foi impresso com o selo editorial do Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM).

A publicação representa a reunião dos esforços de seus integrantes e de colaboradores de entidades parceiras, com o objetivo de prestar contas à sociedade das atividades realizadas durante um ano de funcionamento da CMV-JF. Criada pela Prefeitura a partir da Lei 12.643/12 e regulamentada pelo Decreto 11.922/14 do Executivo Municipal, a Comissão entrou em funcionamento em 2014 e encerrou seus trabalhos em 2015 com a divulgação do documento agora publicado em segunda edição.

Dividido em seis capítulos, o livro contextualiza as violações de direitos humanos ocorridas em Juiz de Fora ou envolvendo juiz-foranos em outras localidades, e apresenta um panorama geral do sistema repressivo que funcionou na cidade durante a ditadura. Com o auxílio de pesquisadores da UFJF, a comissão buscou descrever os casos emblemáticos, o perfil das vítimas, como funcionaram a Justiça e a legislação de exceção, a atuação de sindicalistas, advogados e jornalistas, a cobertura da imprensa e o impacto da ditadura sobre as instituições juiz-foranas.

Segundo a professora e cientista política Helena da Motta Salles, que foi presidente da CMV-JF, “o relatório é o resumo de um esforço de pesquisa cujo mérito principal talvez seja o de revelar o quanto a própria cidade conhece pouco o seu passado e o quanto ainda tem a desvendar”.

Ao final, além das conclusões, o livro apresenta recomendações à sociedade e ao Poder Público com a finalidade de cumprir os objetivos que são comuns às mais diversas comissões da verdade realizadas em várias partes do mundo. O principal deles é estimular o fortalecimento democrático de sociedades marcadas por violações de direitos humanos a partir do debate sobre memórias traumáticas e iniciativas para a valorização da memória como patrimônio e como forma de conhecer o passado para transformar o presente

O livro impresso será distribuído gratuitamente para instituições de ensino e pesquisa, arquivos públicos e organizações em defesa dos direitos humanos e da preservação da memória. O e-book também já está disponível para consulta e download e pode ser acessado sem custo no site da OAB-JF (http://www.juizdefora-oabmg.org.br/pdf/ebook.pdf) por qualquer interessado.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

CMV-JF entrega livro em café na OAB

A Comissão de Direitos Humanos da OAB promoveu, na manhã desta sexta-feira, um café para as faculdades de Direito de Juiz de Fora, objetivando trazer para a cidade o Circuito Universitário de Cinema. Este projeto, que visa difundir a exibição de filmes relacionados à defesa dos direitos humanos, foi lançado pelo Instituto Cultura em Movimento, Ministério da Cultura e MPC Produções.

A CMV-JF participou do evento e entregou exemplares do livro "Memórias da Repressão" às Diretoras das instituições.

Estiveram presentes Helena da Motta Salles, que foi a última presidente da CMV-JF e Cristina Couto Guerra, última vice-presidente, além de Júllia Aranha Amaral (agente mobilizadora de MG do Circuito Universitário de Cinema) e membros da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da OAB (da qual a Cristina Guerra é coordenadora).


Na foto: Renata Menezes de Jesus (Estácio de Sá), Cristina Couto Guerra, Helena da Motta Salles, Célia Maria da Silva Fassheber (Vianna Jr.), Laira Rachid (Doctum), Cláudia Vieira Campos (vice-presidente OAB-JF) e Rubens de Andrade (tesoureiro OAB-JF).


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

CMV-JF participa de debate na Rádio CBN

No debate da CBN de Juiz de Fora, Helena da Motta Salles, presidente da CMV-JF, e Cristina Guerra, vice-presidente, fazem um balanço dos trabalhos da Comissão. "Foi como desenrolar um novelo, fizemos muitas pesquisas até chegar às informações." diz Cristina Guerra.



quarta-feira, 15 de julho de 2015

Relatório final é publicado como livro

Acesse aqui a íntegra do ebook "Memórias da repressão: relatório da Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora".


CMV-JF disponibiliza versão digital do livro "Memórias da Repressão: relatório da Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora"

      A publicação do relatório da Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora representa a reunião dos esforços de seus integrantes e colaboradores de entidades parceiras, com o objetivo de prestar contas à sociedades das atividades realizadas durante um ano de funcionamento da CMV-JF. Criada pela Lei 12.643/12 e regulamentada pelo Decreto 11.922/14 do Executivo Municipal, a Comissão entrou em funcionamento em 2014 e encerrou suas atividades em 2015 com este documento. Em interação com a Comissão Nacional da Verdade e outras comissões regionais, a CMV-JF concentrou os esforços na tentativa de compreender como o sistema repressivo funcionou em Juiz de Fora durante a ditadura militar (1964-1985) e de lançar novos olhares sobre os casos de graves violações dos direitos humanos (como torturas, mortes, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres ocorridos na cidade ou envolvendo juiz-foranos em outras localidades, mas também às perseguições políticas cotidianas que costumam ficar esquecidas. Muitos casos ainda apresentam lacunas para que sejam de fato elucidadas as circunstâncias em que ocorreram, mas o propósito da CMV-JF foi, principalmente, o de localizar e organizar a documentação sobre o regime para facilitar o acesso da sociedade às informações encontradas. Dessa forma, a Comissão alcança o objetivo de abrir espaço para que novas investigações sejam feitas a partir do material coletado e agora disponibilizado à população. Neste relatório encontram-se o detalhamento de todas as atividades realizadas entre abril de 2014 e março de 2015, os resultados dos estudos desenvolvidos pelos pesquisadores que colaboraram com os trabalhos, bem como as recomendações para que o poder público e a comunidade possam lidar com suas memórias e reconstruir as narrativas desse período. Fica o convite para que a sociedade lance olhar acurado sobre o regime ditatorial pelo qual o Brasil se viu mergulhado por 21 anos.

Acesse o ebook através do link.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Comissão da Verdade lança livro com relatório dos trabalhos

Obra com 272 páginas é o primeiro documento público elaborado
 em Juiz de Fora com o objetivo de descrever de forma ampla o sistema repressivo que funcionou na cidade entre 1964 e 1985


Reuniões, investigações, visitas a órgãos públicos, busca em arquivos, coleta de depoimentos e um árduo trabalho de pesquisa realizados durante um ano resultaram no livro “Memórias da Repressão – Relatório da Comissão Municipal da Verdade”, que será entregue à população em lançamento no próximo dia 1º de julho, às 19h30, na Câmara Municipal de Juiz de Fora. A publicação representa o primeiro documento público produzido em âmbito municipal com o propósito de contextualizar o sistema repressivo.
A obra representa a versão para o público do relatório que foi entregue às autoridades no mês de abril e reúne em seis capítulos e 272 páginas o que se conseguiu apurar no curto período de funcionamento da Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora (CMV-JF). Além da tiragem de mil exemplares – impressos com recursos da OAB Subseção Juiz de Fora, da Caixa de Assistência dos Advogados e da UFJF – que serão doados a bibliotecas, arquivos, instituições de ensino e entidades parceiras, a versão “e-book” ficará disponível pela internet, a partir de acesso aberto e gratuito.
Fruto do somatório das memórias daqueles que vivenciaram a repressão em Juiz de Fora e de documentos que permitem contextualizar o período, o livro procura iluminar uma parte da história que ainda se encontra oculta – ou pouco difundida. Além de trazer algumas respostas, a obra deixa também perguntas, introduzindo temas e documentações com potencial para subsidiar futuras pesquisas sobre o assunto.
São reproduzidos no livro diversos documentos, comprovando as memórias relatadas por quem vivenciou o período, sendo vítima ou testemunha das violações dos direitos humanos, e também trechos dos 37 depoimentos concedidos à CMV-JF bem como de depoimentos prestados a comissões e comitês parceiros, trazendo à
tona os sentimentos dos que tiveram a vida marcada pelo regime ditatorial.
A Comissão buscou não apenas relembrar os casos emblemáticos, amplamente difundidos e que envolvem personagens notórios, mas também dar espaço às memórias de cidadãos comuns que foram afetados pelo sistema repressivo.
No último capítulo, as conclusões e as recomendações da CMV-JF para os órgãos públicos e a sociedade civil representam a chave com que se fecha o trabalho e alguns instrumentos para ajudar na consolidação democrática.