O juiz-forano Clodesmidt
Riani, ex-sindicalista e deputado estadual cassado no período da ditadura, foi
homenageado na tarde desta quarta-feira (10) com o Prêmio Direitos Humanos
2014. Esta é a mais alta condecoração do Governo federal a pessoas e entidades
que se destacam na defesa e promoção dos direitos humanos. A solenidade, que
ocorreu no Palácio do Itamaraty, em Brasília, contou com a presença da
presidente Dilma Rousseff e das ministras Ideli Salvati e Eleonora
Menicucci.
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A ministra Menicucci entrega o Prêmio a Clodesmidt junto a Presidente |
Com 94 anos, Riani,
que estava acompanhado dos filhos Augustemira Riani e Clodsmidt Riani Filho,
disse estar emocionado com a homenagem e com a presença de conterrâneos
mineiros na solenidade. A jornalista Fernanda Sanglard e o militante de
direitos humanos Betinho Duarte, representando as comissões da verdade de Juiz
de Fora e Minas Gerais, respectivamente, acompanharam o prêmio.
A abertura da
solenidade foi feita pelo também homenageado Ivan Seixas, que é coordenador da
Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva, de São Paulo. Durante a fala, Seixas
lembrou que foi preso e torturado junto com o pai, Joaquim Alencar de Seixas,
no DOI-Codi do Exército. O pai foi morto na unidade, após dias seguidos de
tortura. Ele ressaltou a importância de ações de combate às violações dos direitos
humanos e do trabalho da Comissão Nacional da Verdade, que hoje pela manhã
entregou o relatório final à Presidência da República e o disponibilizou à
sociedade pela internet. Os dois atos marcaram o Dia Internacional dos Direitos
Humanos.
Entre os condecorados
com o prêmio também estavam a ex-militante Clara Charf, viúva de Carlos
Marighella, o goleiro Mário Lúcio Duarte Costa, o Aranha, que protagonizou
corajosa reação ao racismo no futebol este ano, e o educador já falecido Paulo
Freire, que teve o prêmio recebido pela viúva Anita Freire. Ao todo, 22 pessoas
e entidades foram agraciadas em 21 categorias.
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